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Fazer concurso público em ano eleitoral é golpe

 

No Brasil, é antigo o golpe do concurso público em ano eleitoral. Primeiro fazem o concurso público para arrecadar dinheiro, depois para fraudar as provas e proteger os apaniguados do poder, prejudicando milhares de candidatos que acreditaram no conto do vigário.

Ontem, no Fantástico, da Rede Globo, foi feita reportagem especial mostrando esse tipo de malandragem dos gestores públicos em ano eleitoral. Outra finalidade do concurso público é arrecadar dinheiro que, no final, poderá ser muito útil nas despesas da campanha eleitoral, afinal não é difícil imaginar qual foi o critério de escolha das tais empresas responsáveis pela organização do tal concurso.

O mais estranho é que a grande maioria dos municípios brasileiros já se encontra com os 54% do limite de despesas com pessoal estourado, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, ficando no ar a pergunta: haverá de fato a convocação dos "vencedores"? Outra pergunta: os "vencedores" são de fato os vencedores?

Geralmente gestores públicos com alto índice de rejeição dão esse tipo de golpe sórdido para passar a impressão de que estão gerando empregos. Empregos que nem sempre serão gerados, pois a municipalidade tem o prazo de dois anos para fazer a convocação, e, a julgar pelo resultado das urnas, a convocação poderá nem ocorrer. Todo cuidado é pouco em se tratando de políticos tupiniquins...